14/04/10

Mutável

És tenebrosa criatura envolta em estilhaços absortos. Da malva brotaste e nela agora te afogas, sufocas com o pranto que traçaste.
Sozinha neste mundo de cadáveres ambulantes deambulas na ruína substancial que tanto definhas.
Decadência do que é real em torno de circunstâncias enfadonhas, sou mutante encarcerado desta medonha existência.

Esta Terra é sofrida e aprisionada pelo Todo-poderoso (?) se és liberdade e bondade suprema não poderás ser acreditado. Sou alma (luz) encarnada nas trevas (corpo).
Entre devaneios sinto-me a vaguear por trilhos incertos. Padeço alienado das minhas degradadas memórias…não quero mais ser. Por fim eterno descanso.

2 comentários:

  1. antes de mais, desculpa-me pelo atraso... tinha medo que quando aqui viesse deixar as minhas palavras elas nao fizessem justiça ao que escreveste... e agora que tomei essa iniciativa, realmente nao sei que deva dizer. ate porque o que chega ate mim das tuas palavras, sao imagens, imagens que fluem cheias de pormenores, vindas deste texto fantastico. esta sem duvida entre os meus preferidos (entre todos os outros sem excepçao) é forte, negro, desesperante, apocaliptico, mas tao bonito... adoro como poes estes sentimentos dentro de dois ou tres paragrafos... chega a ser medonho. de uma forma esperançosa. nao sei...
    mas quero mais... quero ler muitos mais.

    e mais a fundo falamos depois.

    L*

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  2. saudades de te ler mais...

    (sei que o podia dizer directamente, mas aqui faz tambem algum sentido...)

    <3 L*

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